segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

ARTIGO: A Motivação E O Seu Impacto Nas Novas Tendências De GRH

Por Sónia Barbosa (Diretora Executiva Da SLOT)

«Encontra um trabalho que te deixe feliz e nunca mais terás que trabalhar.»

Confúcio

Esta frase escrita por Confúcio há muitos anos não podia ser mais atual. Num momento de grande instabilidade nos mercados, associado a uma enorme incerteza do futuro, saber como manter os colaboradores felizes é fundamental para a sustentabilidade das organizações.

Motivação das pessoas e a gestão de RH

No decorrer do presente ano, tive a oportunidade de estar presente em algumas conferências, umas ligadas ao tema da felicidade e outras sobre a gestão do capital humano, e em todas a palavra de ordem era sempre a motivação.

Quer se trate de gestão de talento, de avaliação e gestão da performance das pessoas, gestão de competências e ambiente organizacional, a motivação é algo intrínseco a todas estas ações que visam, em bom rigor, gerir bem as nossas pessoas, de forma eficaz e bem-sucedida, pois só assim conseguimos atingir níveis e resultados de excelência. E o que é isto, o que é a motivação? Para mim, a motivação é um impulso, um sentimento que faz com que as pessoas tenham determinadas atitudes para atingir os seus objetivos.

Motivação é o que faz com que as pessoas deem o melhor de si, façam o possível para conquistar o que ambicionam, quer seja a título pessoal quer profissional, e não tenho dúvidas de que o principal responsável pela motivação na vida do indivíduo é ele mesmo. Não devemos delegar essa tarefa a mais ninguém.

No entanto, o chefe, o empresário, o diretor, o líder, seja qual for a função que ocupa na gestão, tem alguma responsabilidade pela motivação dos seus colaboradores. E é nesse sentido que cada líder/chefia não pode e não deve adotar ações destrutivas das fontes de motivação, intrínsecas, que cada colaborador traz dentro de si (em parte a base das necessidades de Maslow, de que falarei mais à frente).

Quando encaramos o nosso local de trabalho como o momento em que procuramos desenvolver os nossos melhores talentos, e não como o momento em que estamos a cumprir determinada obrigação, somos mais produtivos e bem-sucedidos para a empresa e para nós mesmos.

Depois de alcançar esse primeiro grande objetivo, isto é, não desmotivar os colaboradores, há quem vá mais longe e defina condições de trabalho que permitam ao profissional dar o máximo de si. Como? As receitas são fáceis de identificar, mas extremamente difíceis de seguir: criar um ambiente de trabalho em que predomine a confiança, a transparência, onde não haja receio de partilhar ideias; proporcionar condições de trabalho (salários, prémios em geral, expectativas de crescimento profissional, etc.) baseadas na meritocracia, reconhecendo e premiando toda a contribuição de valor real para o negócio (constituído por acionistas, clientes, trabalhadores, etc.); ter um responsável pela equipa disposto a apostar naquele colaborador determinado a apostar em si mesmo: delegando, dando oportunidades de desenvolvimento − em suma, permitindo que as pessoas percorram o caminho que consideram mais propício ao crescimento: o seu caminho.Entende-se, assim, que a motivação seja um impulso que vem de dentro e tem as suas forças no interior de cada indivíduo, devendo ser diariamente estimulada e orientada para o sucesso individual e da organização onde o indivíduo trabalha. Comportamento gera comportamento e, com as necessidades básicas satisfeitas, conseguimos ser objetivos nas metas e conseguimos mais facilmente concretizá-las.A motivação é a melhor fonte de potencial para aumentar o índice de produtividade e é esse o grande desafio que pretendo continuar a assumir na SLOT em 2014.Em suma, uma comunicação frequente, transparente e eficaz, uma boa interação entre a liderança e equipas ajudam a que as pessoas se sintam mais motivadas, que riam mais no seu ambiente de trabalho (sim, porque rir é importante) e que, por fim, contribuam mais para os bons resultados do negócio.Novas tendências na GRH: comunicar muito e conhecer profundamente cada elemento da nossa equipa, só assim conseguiremos identificar e trabalhar o seu real potencial.

Personalidade inspiradora: Nelson Mandela

«Devemos promover a coragem onde há o medo, promover o acordo onde existe conflito e inspirar a esperança onde há desespero.»E tudo isto só será possível com uma motivação própria, em cada um de nós, quaisquer que sejam os fatores que nos levam à mesma, a qual nos trará resultados nobres e de excelência em quaisquer circunstâncias da nossa vida. Nelson Mandela formou-se em direito, foi advogado e é considerado o líder mais importante da África Negra. Ganhou o Prémio Nobel da Paz em 1993, dedicou 67 anos da sua vida ao serviço da humanidade. Foi ainda considerado pelo presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas (Ali Abdussalam Treki) um dos maiores líderes morais e políticos do nosso tempo.

Uma vida de superação, excelência, mudança e propósito. Viver com o propósito da vida, ter essa motivação diária é viver para a liberdade, para a esperança, para o sucesso e para a dignidade. É preciso não ter medo, mas coragem, não desesperar mas inspirar, não criar conflito mas acordar para o dia seguinte, pois só assim será possível mudar e melhorar o mundo em que vivemos.

Se todos estivermos alinhados como um só, como uma equipa unificada, para o bem e para o mal, não teremos certamente pessoas desmotivadas, mas sim altamente empenhadas para um objetivo e motivadas para crescer com e na organização.

Na SLOT continuaremos a ouvir atentamente as preocupações, ideias, dúvidas, receios de toda a equipa. Saber o que deixa as pessoas desmotivadas dentro da empresa ou, em termos positivos, saber o que poderia deixá-las motivadas são informações de importância fundamental no que diz respeito ao desempenho futuro dessas pessoas dentro da organização.
À semelhança da sua utilidade, muito individualizada, julgo que, de certa forma, cada gestor de RH, cada líder deveria trabalhar a estima, o social e a segurança junto da sua equipa, dos seus colaboradores.

A famosa hierarquia de necessidades de Maslow, proposta pelo psicólogo americano Abraham H. Maslow, baseia-se na ideia de que cada ser humano se esforça muito para satisfazer as suas necessidades pessoais e profissionais. É um esquema que apresenta uma divisão hierárquica em que as necessidades consideradas de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Segundo esta teoria, cada indivíduo tem de realizar uma «escalada» hierárquica de necessidades para atingir a sua plena autorrealização. Tudo isto em conjunto possibilita um elevado índice motivacional: «temos de ser tudo o que somos capazes de ser, desenvolver os nossos potenciais».

Contudo, a motivação é diferente de pessoa para pessoa. Por isso, é preciso identificar o nível de motivação de cada um. Muitos já estão motivados. Outros estão em busca de bens e desafios e precisam de muita motivação. O nosso comportamento é causado pelo modo como percebemos o mundo e é dirigido para atingir certas metas. Assim, o processo motivacional é basicamente induzido.

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