segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

82% dos brasileiros acreditam que os atentados na França podem estimular preconceito contra algumas comunidades religiosas

Mesmo com a mobilização de diversos países, o atentado não intimida os planos de viagem dos brasileiros para a França e outros países da Europa nos próximos três meses. 


São Paulo, 12 de janeiro de 2015 - O PiniOn, plataforma que combina tecnologia mobile e crowdsourcing e capta a opinião a respeito de marcas e temas diversos, realizou uma pesquisa com 1829 brasileiros sobre o atentado ao jornal Charlie Hebdo, em Paris, que começou na quarta-feira (7). Para a maior parte dos entrevistados (70%) as motivações religiosas são os principais motivos para o atentado. Enquanto 22% acredita que sejam devido a motivações políticas e 8% outras motivações. Além disso, 82% acredita que foi um ato organizado por um grupo específico (Estados Islâmicos -49% - e Al-Qaeda -35%) e não um ato isolado, em que teve apenas 18% das respostas.

Quando perguntados sobre as consequências de um ato como este, 82% acreditam na geração de algum efeito negativo nas relações entre a França e os países do mundo árabe, e para o mesmo percentual, este acontecimento pode estimular o preconceito contra determinadas comunidades religiosas.

Grande parte dos respondentes (72%) não conhecia o jornal Charlie Hebdo e seu conteúdo satírico antes da morte de seus editores e cartunistas. Apesar da alta familiaridade com o acontecimento, 91% não repercutiu o fato nas redes sociais e apenas 8% participaram de alguma manifestação em solidariedade às vítimas.

A maioria dos entrevistados sabia dos atentados (91%), sendo que 62% se informaram pela televisão, 39% através de sites/portais e 23% através de redes sociais. 9% souberam do atentado através de conversas com parentes e amigos. Meios mais tradicionais como jornal impresso e rádio foram responsáveis por informar apenas 6% e 5% dos respondentes, respectivamente.

Menos da metade dos respondentes (43%) teme que um atentado assim aconteça do Brasil e mesmo com a grande repercussão internacional e mobilização de diversos países, o acontecimento não tem impacto suficiente para interferir nos planos de viagem, sendo que 64% declaram que viajariam para a França e 76% para outros países europeus nos próximos três meses.

Para 84% dos respondentes, um acontecimento como este fere a liberdade de expressão da imprensa internacional, porém as opiniões são divididas em relação à atitude da imprensa a partir de agora. 50% acreditam que este atentado pode provocar uma mudança na forma como a imprensa se comporta de uma maneira geral. 

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