sábado, 17 de fevereiro de 2018

Depoimento de fonte de dentro da Odebrecht sobre acordo de leniência com a LavaJato




    Exclusivo: áudio bomba – das entranhas da Odebrecht – detona de vez a Lava Jato!
    Publicado 22/1/2018 – 00:44
    Atualizado 24/1/2018 – 5:30

    Conforme prometido desde dezembro do ano passado, o Duplo Expresso traz, com exclusividade, o depoimento – explosivo! – de fonte de dentro da Odebrecht relatando a farsa que é a “investigação” – combinada! – Odebrecht/ Lava Jato.

    As mais de 3h de entrevista gravada, em áudio e vídeo, estão sendo editadas pelo nossa reduzida – mas muito aguerrida – equipe, de forma a preservar a identidade da fonte.

    Publicamos, nesta oportunidade, a primeira parte. Haverá, ao menos, mais uma.

    Áudio 1 – 5 seções

    (1) A nulidade das delações/ acordo de leniência: lacunas deliberadas nos documentos entregues pela Odebrecht à PF. “Negligência” (apenas?) dos investigadores?

    Nota: “CIO” = Chief Information Officer – Alessandro Tomazela; não confundir com“CEO” = Chief Executive Officer.



    No organograma da empresa, acima do CIO, está Marco Rabello, CFO, responsável por toda a área financeira do grupo.


    Esse se reporta ao conjunto da Diretoria, mais os “chefões”: Marcelo/ Emílio Odebrecht.

    E eis o “operador” das fraudes nas “investigações” (sic). Nada menos que um “colaborador” (!) dos “peritos” (sic) da Polícia Federal que “analisam” no presente – todos eles em conjunto, vejam só! – a “veracidade” das “provas” (sic) “fornecidas” pela Odebrecht à Lava Jato: Paulo Sergio da Rocha Soares.



    (2) A farsa da vitimização da Odebrecht diante de um suposto “achaque” dos políticos/ cultura corporativa de corrupção/ ocultação de provas/ testemunhas/ descentralização dos centros de custo/ omissão, p.e., da Brasken.

    (3) Ocultação de nomes do PSDB no geral e, em particular, de Alckmin e de Aécio.
    Mais: as falsas imputações a Lula e ao PT.

    (4) Confirmação, independente, do que vem dizendo o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Durán.

    (5) Alerta: em 4 meses haverá a destruição – definitiva! – de todas as provas, com a migração dos servidores da Odebrecht do sistema Oracle para o SAP (explicado mais abaixo).

    A seguir, no intuito de facilitar a compreensão e a difusão do conteúdo do áudio, publicamos resumo contendo os principais pontos revelados pela fonte, conforme anotação feita por executivo com experiência internacional amigo do Duplo Expresso, plenamente familiarizado com o tipo de estruturação jurídico-financeira em questão, bem como com o sistema Oracle, utilizado pela Odebrecht para pagar suas propinas mundo afora.

    (no final do post está a transcrição integral)

    (1) A farsa da batida da PF na sede da Odebrecht

    A base de dados acessada pela Polícia Federal/ Receita/ MPF estava – deliberadamente – desatualizada e incompleta. No dia da batida, o TI derrubou os servidores e direcionou, de forma remota, os acessos para uma base de dados defasada e parcial. Aparentemente, a de Moçambique.

    Notem bem: funcionário do TI da Odebrecht revela que o setor derrubou, deliberadamente, o sistema para impedir a coleta de dados pela PF/ MPF. Partindo da suposição de que os bravos “concursados” não são acéfalos, resta a grave suspeita de que a alegada “investigação” era, na verdade, uma simulação. Numa colusão Odebrecht/ Lava Jato!

    E não foram só PF/ MPF/ Receita que receberam dados parciais e defasados. Os dois auditores instalados na Odebrecht, consoante os termos dos respectivos acordos de leniência com as Justiças dos EUA e do Brasil, também estão sendo “conduzidos” pelos (supostamente) “investigados” (sic). É aquela velha história do mundo corporativo: a auditoria que pega o rato e deixa passar o elefante!

    *

    (2) Multiplicidade de bases de dados, aparentemente “redundantes”, pelo mundo

    Isso se deve à prática do TI da Odebrecht de replicar automaticamente uma base de dados pré-existente – que serve de “semente” – ao instalar um servidor em um novo país onde a empresa passa a operar. É por essa singela razão que passou a haver, em dado momento, registro de operações da Odebrecht no Brasil nas bases de dados constantes de servidores instalados em outros países, como na Suíça.

    Note bem: passou a haver registro de parte dessas operações. Isso porque os servidores não eram interligados. Portanto, não havia atualização da “semente” utilizada. Dessa forma, as informações a respeito de operações da Odebrecht no Brasil extraídas da base de dados da Suíça, por exemplo, é apenas um “espelho” – defasado e incompleto – da imagem real, omitida das investigações. Uma fotografia do passado, refletindo a base de dados tal qual essa era no momento da instalação do servidor na Suíça – data fácil de ser obtida.

    A fonte informa que a versão mais abrangente seria aquela constante dos servidores instalados no Panamá. Isso porque o país tem um, digamos, arranjo “jurídico-político-diplomático” que oferece maior opacidade a operações “heterodoxas”, como as praticadas pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht: o Executivo panamenho é completamente capturado pelas empresas locais de constituição de offshores e bancos associados.

    Não é surpresa, portanto, que o “micro-país” centro-americano seja o último a resistir aos avanços do G20/ OCDE visando a estabelecer transparência e troca automática de informações entre as diversas Receitas nacionais, visando a coibir evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Sobre isso, veja-se documentário da TV pública francesa que foi ao ar em 2016, comentado por nós no artigo “Atenção! Cautela com os Panama Papers, Imprensa (Brasileira)” (12/4/2016), publicado no Jornal GGN.

    Em síntese, a Odebrecht usava o Panamá como base porque lá “se lava mais branco”. Quem é do meio financeiro conhece o jargão.

    *

    (3) Grampo generalizado – ilegal – sobre todos os empregados da sede da Odebrecht

    – Foi com aparelhinho americano, Moro?!

    Alessandro Tomazela, o CIO da Odebrecht, i.e., Chief Information Officer, ou seja, o diretor da área de TI do grupo, e todos (!) os outros funcionários da sede da empresa foram grampeados – aparentemente sem autorização judicial:

    (embora, “absurdamente” (?), tenham sido disso informados pela própria PF!)

    – Seus celulares foram grampeados, em tempo real, pela PF, através de dispositivo instalado no prédio onde fica a sede da empresa, em São Paulo.

    Seria esse aparelho uma espécie de miniatura do célebre “Sistema Guardião”?

    Evidentemente, eventual ordem judicial para interceptação telefônica não poderia englobar, de forma discriminada como exige a Lei, cada uma das linhas telefônicas (pessoais!) de cada um dos funcionários que trabalhava na sede da Odebrecht! Ou seja, mais uma nulidade que, houvesse Lei no Brasil, derrubaria a Lava Jato. De qualquer forma, tal nulidade vicia todas as provas ali obtidas (teoria do fruto da árvore envenenada).

    Ainda a propósito desse tal dispositivo:

    – Aparelho tão sofisticado desses pertence à PF? Ao MPF? Ou foi “informalmente” cedido por órgão de inteligência dos EUA?

    Se o foi sem passar pelos trâmites legais, há aí mais uma causa de nulidade!

    *

    (4) A gigantesca ocultação de provas pela dobradinha Odebrecht/ Lava Jato

    A fonte tinha acesso pleno ao sistema e viu inúmeros casos – estimados em nada menos que dois terços! – que não apareceram na mídia ou nos anexos do acordo de leniência da Odebrecht. Ou seja, restou para o circo judicial-midiático apenas por volta de um terço das contas offshore! É de se supor, dadas as circunstâncias observadas até aqui, que o um terço “sorteado” (!) mirasse preponderantemente PT e PMDB. “Estancar a sangria (…) delimitando onde já estava”, conforme celebremente disse Romero Jucá, também apanhado em grampo da Lava Jato. Nesse um terço “sorteado” (!) misturaram ademais, de forma deliberada, caixa dois eleitoral e corrupção, para facilitar a manipulação judicial-midiática com finalidade política.

    Possivelmente os dois terços sonegados pela Odebrecht/ Lava Jato – de comum acordo! – implicam, para além do PSDB, membros do Judiciário/ MP!

    Possivelmente implicam, ademais, autoridades de outros países, onde a Odebrecht ainda deseja operar. A empresa busca assim, portanto, não se queimar, na medida do possível. I.e., não se queimar ainda mais.

    *

    (5) Tacla Durán: corroborado!

    Segundo relato da fonte, Tacla Durán era de fato um consultor jurídico da Odebrecht, responsável pela estruturação societário-financeira da miríade de offshores constituídas pela empresa em paraísos fiscais, visando à “otimização fiscal”, ou seja, o menor pagamento de tributos, bem como à opacidade de operações “sensíveis” do ponto de vista jurídico-político-comercial. Tacla Durán nunca teria sido “doleiro”, como alardeia a Lava Jato.

    Ou seja, a fonte – de dentro da Odebrecht – confirma, de forma independente, o relato de Tacla Durán quanto às suas atividades. E, aqui mais uma vez, desmente “narrativa” criada pela Lava Jato – e martelada por seus aliados na grande imprensa.

    *

    (6) Bomba-H: a nulidade dos acordos de delação/ leniência da Odebrecht / os crimes – continuados! – da Lava Jato

    A informação da fonte de que, grosso modo, dois terços das contas foram ocultadas das “investigações” causa, por um lado, a nulidade dos acordos de “delação dos 77 executivos”/ acordo de leniência. E, por outro, suscita graves suspeitas de obstrução da justiça, prevaricação, falsidade ideológica, fraude processual e perjúrio, conforme o caso, por parte da Lava Jato e da Odebrecht.

    E em colusão!

    Ou seja: com formação de quadrilha!

    Complicador explosivo: foi a Presidente do STF (e do Judiciário!), a Ministra Carmen Lúcia, quem homologou, de forma leviana e displicente, por pressão da Globo, o pacotão das delações, que agora cai por terra. Pior: num recesso! Sem ser a relatora do caso!

    Tsc… tsc… tsc…

    *

    (7) Bomba – de nêutron (!): a destruição – final! – de todas as provas, numa parceria Odebrecht/ Lava Jato (mais uma!)

    A mudança do sistema integrado de Oracle para o SAP é um álibi para destruir informações que comprometem a Odebrecht e também terceiros que a empresa – em conjunto com a Lava Jato – deseja proteger. Em junho deste ano, caso nada seja feito para impedir a migração, as provas de toda a corrupção – nacional e internacional! – da Odebrecht serão destruídas de forma definitiva. Inapelavelmente.

    Notem bem: no verso da moeda, também serão destruídas as provas da inocência de Lula!

    De forma “incidental” (!), serão destruídas ainda, pari passu, as provas da omissão – deliberada? – dos “investigadores” (?) da Lava Jato em favor de aliados, bem como a fabricação de provas falsas contra os alvos prioritários da operação – como Lula. E é exatamente por isso que a Lava Jato – i.e., o braço brasileiro, aquele com jurisdição sobre a holding e os acionistas controladores – nada faz para impedir a “migração”. Isto é, a queima do arquivo! Na verdade, a Lava Jato está nisso junta com a Odebrecht. Afinal, são cúmplices no(s) crime(s)!

    O sistema Oracle é americano. O SAP é alemão. O SAP é imune ao acesso não autorizado por parte dos órgãos de inteligência americanos. Como o SAP é muito mais caro, o motivo para a migração não foi a economia de recursos, mas sim um álibi para, na fase de migração, sumir com dados “sensíveis”.

    A versão da Odebrecht de que a Oracle não seria “confiável” para cumprir com as exigências de compliance é balela! Ora, quem não foi “confiável” foi a Odebrecht, corrompendo autoridades em 3 ou 4 continentes! O sistema Oracle nada tem a ver com o uso que a Odebrecht lhe deu! O sistema só faz aquilo que o gestor determina. O sistema não faz censura moral, ética ou penal! Fosse “problemático” diante de supostas exigências de compliance, o sistema Oracle não seria o mais utilizado no mundo, ora!

    Repetindo: a migração da Oracle para a SAP – alerta: que será completada em aproximadamente 4 meses! – visa a destruir, de forma definitiva, todas as provas (i) da corrupção da Odebrecht; e (ii) da farsa que é a “investigação” (sic), combinada, Lava Jato/ Odebrecht. E, subsidiariamente, fugir do monitoramento pela inteligência dos EUA.

    *

    Conclusão

    A fonte revela que a Lava Jato “investigou” apenas por volta de um terço das contas offshore constituídas pela Odebrecht. Trata-se, portanto, de uma investigação no mínimo “negligente”. Mas, no máximo, simulada, parcial e fraudulenta. Pior: pesam sobre os “operadores” das tais delações “camarada” da Lava Jato graves suspeitas de corrupção, extorsão e tráfico de influência, conforme o relato de Tacla Durán.

    Pergunta (ainda sem resposta):

    – Quem é “DD”, Zucolotto?

    A fonte ajuda a desvendar o real papel de Tacla Durán – um especialista em planejamento tributário/ societário/ financeiro em nível internacional. Põe, portanto, por terra a tentativa tosca de Sergio Moro de desqualificar Durán como “doleiro”. Assim, com a confirmação de fonte independente – de dentro da Odebrecht – do relato de Tacla Durán, batendo de frente, inclusive, com as “narrativas” elaboradas pela Lava Jato a esse respeito, as denúncias do advogado brasileiro radicado na Espanha sobre a corrupção na Lava Jato saem fortalecidas.

    *

    P.S.: Há diversos pontos do relato da fonte que podem ser verificados de forma independente. Como, por exemplo, a destruição final das provas com a migração do sistema Oracle para o SAP, em nível global. O plano de migração nos foi confirmado, inclusive, pelos advogados de defesa de Lula, que estavam a par do movimento mas desconheciam a sua real motivação.

    P.P.S.: Há que se ter em mente, ademais, que a investigação da corrupção da Odebrecht tem ramificações internacionais: nas Américas, na Europa e na África. O que é revelado pela fonte – repito: de dentro da Odebrecht – terá impacto em diversos países. Dessa forma, apesar do bloqueio que a Lava Jato brasileira tentará fazer com relação à verificação da procedência destas denúncias, outros órgãos de investigação, estrangeiros, independentes, tomarão a dianteira. Dessa forma, desta vez, não haverá como Curitiba tapar o sol com a peneira.

    A esse respeito, interessante registrar duas notícias que saíram na imprensa, brasileira e peruana, há alguns dias:


    11/1/2018
    JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE – O ESTADO DE S.PAULO – GENEBRA

    GENEBRA – Enquanto a Polícia Federal no Brasil estima encerrar os inquéritos da Operação Lava Jato em 2018, as investigações no exterior estão longe de um fim. Na Suíça, Andorra, Espanha e em diversos países latino-americanos, autoridades consultadas pelo Estado afirmam que o processo está “longe do fim”.

    Apenas na Suíça, cerca de 800 contas com mais de R$ 2,2 bilhões continuam bloqueadas, depois que a Procuradoria em Berna, capital do país, lançou a operação em conjunto com o Brasil em 2017. Por enquanto, “apenas” R$ 660 milhões voltaram aos cofres brasileiros.

    Falando na condição de anonimato, um ex-procurador que atuou por anos nas investigações na Suíça confirmou que, até meados do ano passado, dezenas de contas ainda estavam pendentes de avaliação. A falta de um número suficiente de pessoas dedicadas exclusivamente ao caso também teria contribuído para retardar as investigações.

    No país helvético, de acordo com o Ministério Público, 60 inquéritos foram abertos. Muitos deles estão ainda em fase de instrução. Em 2017, os procuradores lançaram a terceira fase de investigações, concentrada principalmente em apurar o papel dos bancos suíços e seus gerentes na facilitação da corrupção. Nos últimos meses, investigadores suíços têm realizado viagens ao Brasil para questionar alguns réus.

    Entre os banqueiros que ainda operam com clientes brasileiros, o clima é de tensão. Eles têm medo de ser presos no Brasil. Por isso, contrataram advogados para assessorá-los em viagens ao País. A Interpol, por exemplo, já foi acionada em um episódio com um ex-gerente de contas. A cautela faz com que esses banqueiros retirem o nome do banco para o qual trabalham de seus cartões de visita.

    LATINOS

    Nem todo o dinheiro ainda bloqueado na Suíça, porém, se refere a brasileiros. Em novembro de 2017, no Panamá, investigadores e procuradores de oito países latino-americanos, Suíça e Portugal se reuniram pela primeira vez para tentar avaliar de que forma poderiam cooperar para fazer avançar os inquéritos relacionados com a Lava Jato, principalmente no que se refere ao papel da Odebrecht. O caso chacoalhou a política regional, com pedidos de impeachment, afastamento de políticos de alto escalão e a prisão de ex-dirigentes de diferentes países.

    O encontro no Panamá não contou com a participação do Brasil. Mas a constatação dos participantes foi clara: o processo ainda levará meses ou anos para poder ser concluído.

    Numa declaração conjunta obtida pelo Estado, as autoridades dos dez países indicaram que precisam de tempo. “Nos delitos de corrupção de funcionários públicos e de lavagem de dinheiro, dada a multiplicidade de fatos que se investigam, sua prolongação no tempo, quantidade de pessoas envolvidas, o uso de sistemas financeiros, existência de provas no exterior, assim como a necessidade de traduzir documentos, se exige prazos razoáveis para desenvolver a investigação”, declararam, há dois meses.

    Carlos Mancheno, procurador-geral do Equador, foi um dos que alertaram sobre a necessidade de tempo. “A trama de corrupção da Odebrecht está apenas começando na América Latina”, disse, durante o encontro. “Vamos chegar ao final. Mas precisamos do tempo necessário”, disse Nestor Martinez, procurador-geral da Colômbia.

    Kenia Porcell, procuradora-geral do Panamá, também deixou claro que o processo será longo. “É impossível que uma investigação da magnitude da Odebrecht seja instruída nos prazos comuns”, disse. No caso do país centro-americano, o dossiê relativo à construtora brasileira tem mais de 150 mil páginas.

    *

    Reportagem do jornal El Comercio, do Peru, afirma que conteúdo dos softwares MyWebDay e Drousys é três vezes maior do que o do caso Panama Papers!


    Enquanto isso, no Brasil da Lava Jato, ainda se aguarda o relatório da “perícia” (combinada) feita pela PF em conjunto com a Odebrecht. Ora, quem extrai os arquivos e entrega à PF é alguém do TI da própria empresa! Como dissemos na abertura do artigo, trata-se do “operador” (!) das fraudes nas “investigações” (sic): Paulo Sergio da Rocha Soares.

    – Bis:




    Notem bem: o “juiz” Sergio Moro não viu nenhum “óbice” na participação da empresa – “investigada”! (sic) – nos trabalhos dos “peritos” (sic). Aliás, foi a própria PF quem deu a sugestão de que somente a Odebrecht tivesse acesso aos trabalhos com a seguinte “justificativa”: “especificamente no tocante aos técnicos indicados pela Odebrecht, como ela é a detentora do sistema e prestará auxílio constante à equipe de peritos, não vislumbramos óbice no acompanhamento dos exames internamente” – escreveu o delegado da PF em ofício.

    E o juiz Sergio Moro acatou a “sugestão”!

    Será que na Suíça os procuradores pediram ajuda da empresa Odebrecht para a sua perícia também?

    E nos demais países?

    A Lava Jato, digo, a brasileira, esquece-se de que conforme as investigações avançarem nos outros países as suas “informações” serão confrontadas. Inclusive, com risco considerável de um mega-vazamento, no estilo “Panama Papers”.

    Eis a reportagem do El Comercio, do Peru:


    16.01.2018
    Rodrigo Cruz
    El Comercio

    Fiscalía estima que a mediados de año debe llegar de Suiza el contenido de los programas en los que se registraron los sobornos de la empresa.

    Fuentes vinculadas a la investigación del Caso Odebrecht señalan que, después de la declaración de Jorge Barata, el siguiente capítulo será la revelación del contenido de dos servidores que la constructora tenía escondidos en Ginebra (Suiza).

    El fiscal Hamilton Castro, líder del equipo especial que investiga el Caso Lava Jato en el Perú, dijo la semana pasada que acceder a esa información tendrá dos consecuencias: corroborar lo dicho por los colaboradores eficaces y que se abran nuevas líneas de investigación.

    “En esos servidores se almacenaron los proyectos y los nombres de las personas a las que se pagaron los sobornos”, afirmó el fiscal Castro.

    Desde la fiscalía esperan que los servidores de Odebrecht sean enviados a Lima a mediados de este año. Las autoridades peruanas tienen previsto viajar a Suiza el 24 de este mes para agilizar la entrega del material.

    —El capítulo suizo—
    En el 2015, como parte de la investigación a Odebrecht, la Fiscalía General de Suiza incautó dos servidores de almacenamiento de datos a la empresa Safe Host. La diligencia estuvo liderada por el entonces fiscal Stefan Lenz.

    Los equipos guardaban seis terabytes de información (tres veces más que el Caso Panamá Papers), de los softwares MyWebDay y Drousys, sofisticados programas que eran operados por trabajadores de Odebrecht del llamado departamento de operaciones estructuradas (encargado de los sobornos).

    MyWebDay era usado para registrar los pagos de los sobornos a funcionarios de diferentes países y el nombre de las obras por las que se hacían los pagos. Drousys era el sistema de mensajería empleado para coordinar la transferencias de las coimas.

    —Descifrar el secreto—
    El 12 de diciembre del 2016, nueve días antes de que se hiciera público el Caso Odebrecht, fiscales peruanos viajaron a Berna (Suiza) para reunirse con Lenz y su equipo de investigadores financieros.

    El fiscal Castro dijo que por información de inteligencia se había enterado de los servidores incautados. El motivo de la reunión era discutir con Lenz la posible entrega de esa información.

    En noviembre de ese año, Castro había enviado a Suiza una lista de obras para que sean cruzadas con los servidores. El 15 de diciembre, presentó una ampliación con más información al respecto.

    La semana pasada, la fiscalía peruana indicó que no ha recibido respuestas por esas solicitudes. La indagación en Suiza está a cargo de la fiscal Dounia Rezzonico.

    El fiscal Castro alista un tercer requerimiento a Suiza, esta vez más completo, con la declaración de los colaboradores eficaces. Este ya contaría con la aprobación de la fiscal Rezzonico.

    Lenz se encargará de descifrar para la fiscalía peruana el contenido de los softwares, ya que están encriptados. Fuentes en Suiza, sin embargo, advierten que empresas vinculadas a Odebrecht se oponen a que Lenz asesore a la fiscalía peruana. ex-amante do FHC fez c/@DCM_online:
    "Operou" p/ganhar alavancagem e tirar $ de quem "denunciava" p/, dps, desdizer (a vdd!)





    Questão, como temos enfatizado desde o início - e novamente no artigo, é que maior parte das informações é verificável de forma independente.
    Ñ adianta comprarem "retratação" da fonte p/nos "desacreditar".
    Dano está feito.

    *

    Legendagem




    (ontem, pouco antes da publicação deste artigo)


    *

    Atualização 8:15 – Duplo Expresso (22/1) comenta áudio-bomba em que fonte da Odebtecht detona Lava Jato



    *

    Atualização 19:19 – o passivo “trabalhista” da Odebrecht – e, por tabela, também da Lava Jato!

    Mensagem recebida há pouco, de outra pessoa que contribuiu para este artigo:


    Vendo o depoimento sobre os sistemas da Odebrecht no Duplo Expresso me ocorreram alguns pensamentos:

    1) A Odebrecht estava achando difícil segurar os “77 delatores” para manter uma história coesa. Pois eles esqueceram de pensar nos milhares de funcionários demitidos após a operação Lava Jato.

    2) Os funcionários que foram sumariamente demitidos são pessoas que têm família e muitos que trabalharam durante anos na empresa.

    3) Essas pessoas começaram a perceber que Judiciário-MPF-PF e a Odebrecht optaram por salvar o patrimônio dos patrões, ou seja, da família Odebrecht. Não somente! A Odebrecht se propôs a pagar as multas do acordo e os custos com advogados daqueles que aceitaram o “pacote oferecido” pela empresa, mais remuneração “topo de carreira” garantida por dé-ca-das. Porém não mostraram zelo algum com os milhares de trabalhadores mandados embora.

    3.1) Aliás, essa é a alternativa do mercado diante do risco (real) de falência. Algumas fatias da empresa já foram vendidas e não se sabe a extensão dos danos. Não obstante, caixa suficiente foi reservado para o espetáculo midiático da Lava Jato. Não se tem notícias de um plano de aposentadoria ou uma indenização oferecida pela Odebrecht para esses trabalhadores demitidos. Não seria uma compensação social muito mais justa?

    “Ironicamente” (?), as ações sociais mais recentes da Odebrecht pautaram-se pelo seu interesse com a situação carcerária do país. Após a prisão de Marcelo há informações sobre doação de cobertores e outros itens, p.e.

    4) A Lava Jato concordou com os termos da Odebrecht (desde que pegasse Lula!).

    5) O preço a ser pago/ aceito pela Odebrecht levou ao enxugamento da empresa e à demissão de milhares de trabalhadores. Quantos desses têm histórias para contar sobre a empresa? Quantos podem ter ouvido, visto e presenciado fatos comprometedores para a empresa? Quantos podem ter em sua posse documentos, rascunhos ou cópias de partes dos sistemas?

    O Duplo Expresso abriu a caixa de Pandora da Odebrecht mais cedo do que a Lava Jato pensava. Por isso eles têm pressa para condenar Lula. Porque o acordo de leniência da Odebrecht tem prazo de validade vencido!

    *
    Mensagem do tal executivo amigo do blog, nosso coautor, ainda em dezembro de 2017, após ouvir os áudios:


    *

    Atualização 23/1 – 5:23 – “notinha” plantada por Marcelo Odebrecht na Folha, via Monica Bergamo, confirma – mais uma vez – o que vimos dizendo:





    Marcelo Odebrecht falou sobre a Braskem, braço petroquímico do grupo de sua família, num e-mail enviado a ex-diretores da empreiteira depois que ele saiu da prisão. Na mensagem, o empresário confirma informação dada à Polícia Federal em depoimento enquanto estava preso em Curitiba.

    CONFIRMO

    Marcelo tinha dito que não estava recebendo todos os documentos e e-mails da Braskem que poderiam ser usados como prova contra parlamentares. O problema, no entanto, já teria sido superado: em casa, ele teve acesso à base de dados de seu computador com o material, inclusive e-mails que procurava.

    PAPAI NOEL

    Na época das festas de fim de ano, Marcelo enviou mensagens assinadas por ele, sua mulher, Isabela, e as filhas com votos de bom Natal e um Ano-Novo “com esperança”.

    *

    Atualização 24/1, 5:30 – a transcrição do áudio-bomba


    Dando seguimento ao furo dado pelo Duplo Expresso com a publicação do áudio-bomba de fonte de dentro da Odebrecht desmascarando a farsa da “investigação” – combinada! – Lava Jato/ Odebrecht, publicamos hoje a transcrição do mesmo, preparada por historiador amigo do site, experiente justamente na transcrição e análise de registros audiovisuais.

    Parte 1 – “A nulidade das delações/acordo de leniência: lacunas deliberadas nos documentos entregues pela Odebrecht à PF. ‘Negligência” (apenas?) dos investigadores”?

    Fonte: … é, mas as informações maiores estavam nos servidores estavam esparramados aqui mesmo pelas Américas, tá?! E alguns na República Dominicana. Porém, eles logaram justamente, se não me engano, acho que é Moçambique. Acho que foi de Moçambique ou… depois eu te falo direitinho. Eles logaram com o servidor justamente dessa região porque tava bem desatualizado, lá era só um escritório, uma coisa assim entendeu? Aí pegaram essas informações… como eu disse né, ah! Se pegasse mesmo tem muito mais coisa, tem mais coisa do Peru, tem mais coisa do Panamá, das offshores. Porque é uma offshore atrás da outra, é uma pirâmide de offshores, entendeu? Pelo que a gente tinha, trabalhando com um sistema financeiro (inaudível), eles vão ter … (trecho inaudível) Assim… o quê que acontece, eu parei no ponto dos servidores, as informações, desviando todo o serviço de infraestrutura de TI na época, porque um erro da Polícia Federal na minha concepção, foi pegar gente da própria empresa pra extrair os dados. Então o que foi que aconteceu, o (inaudível) entrou no meio, tá?! E incumbiu algumas pessoas pra pegar essas informações num banco de dados pra passar para a Polícia Federal. Essas pessoas automaticamente, certo… como se fala, em comum acordo com o pessoa da área de infraestrutura, pegar a informação num servidor que tinha a informação, mas já estava muito desatualizadas. E foi essas informações que a Polícia Federal tem até hoje. Os servidores que estão atualizados eu sei que tem mais contas, tem mais informações… prejudicial. Porque eu lembro que as pessoas até comentavam nos corredores que se pegassem essas informações a empresa literalmente fechava a nível mundial. E eu sei, até onde eu sei, aonde eu já trabalhei com projetos da empresa, realmente os números não batem, nunca bateu e até hoje não bate. As contas que eu sei que foram rastreadas até hoje, não são todas. O dinheiro que foi recuperado também não foi pouca… o que eu testemunhei foram as duas vezes que a Polícia Federal foi no escritório…

    DEx: Escritório em São Paulo, a sede?

    Fonte: Em São Paulo, isso, justamente. Uma vez a gente tava no prédio, dentro do escritório… que é o (…) o escritório mesmo da Ondebrecht, a gente tava noutro prédio ao lado da Marginal, ou ao contrário. Porque a gente já tinha saído do prédio pra ficar aberto por questões estratégicas deles… aí a Polícia Federal encostou nesse prédio novo, que a gente tava, pra… eles proibiram a gente de subir… na verdade não foi a Polícia Federal que proibiu, foi a empresa; eles deram um jeito de avisar todo mundo: “não sobe, não sobe. Se não vocês vão subir lá e não vão sair”. Mas, na realidade é essa a Polícia Federal liberou, tava deixando as pessoas entrar, tava simplesmente indagando só o quê? “Você é o quê? Você faz o quê”? Então dependendo do que você falava eles “vem cá que você vai passar informação”. Cê entendeu?! Então eles não deixavam a gente subir, o pessoal da empresa. Então numa dessas vezes eu fiquei do lado de fora, mas acompanhei. A outra vez eu tava nesse prédio, só que eles foram no prédio que é o escritório da Odebrecht, enfim é onde está o pessoal aqui. E o outro, a gente logo em seguida dessa operação da Polícia Federal, mais dois meses, a gente voltou pra lá, pro escritório mesmo. Levou toda a TI pra lá porque eles falaram “não a TI tem que ficar com o pessoal da diretoria, porque o que eles decidirem, o que eles quiserem, tem que ficar próxima”. Eles faziam uma insinuação que eu acho até engraçada… isso é escutei da boca do Sidnei, tá?! Ele… ele tava pegando o celular pra (inaudível) pessoal, pra fazer os desvios de servidores tudo, só que vinha um cara pra montar o equipamento e a Polícia Federal encontrava. Aí ele ficou envolta do cara ali, né?! O cara… meio que olhando pra ele, desconfiado… aí ele começou a conversar com esse cara da Polícia Federal, um técnico, e aí o cara abriu o bico pra ele: “Olha, esse aparelho que eu tô colocando monitora tudo que cês fazem por celular, mensagens de texto, ligações, tudo. E eu fico aqui monitorando, se eu vejo você falando alguma coisa que não deve eu já mando prender”, falou assim pra ele. Nisso o senhor, chamou deu uma disfarçada, saiu… chamou algumas pessoas que poderiam sair dali uma hora e disse que ia tomar celular, palavras dele, eu tô te repetindo exatamente. E a nossa comunicação se encerra, usa o whatsapp, mandou as pessoas passarem…

    DEx: Qual que é o nome desse CIO eu não conheço?

    Fonte: Cara… ele se chama Alessandro Tomazela, ele mora em (…), tá?! Aí acima dele ainda tem um cara, chama Marcos Rabelo. A informação que a gente tinha dentro da empresa é que esse cara era o responsável por toda a área financeira do Grupo. Que esse cara reporta direto a Marcelo (Odebrecht), a Emílio… Cara, assim: pelo sistema fica difícil de falar agora se os movimentos foram bons (trecho inaudível) que foi pego era uma outra versão , tá?! Existe uma outra versão dentro da empresa. Eles pegaram uma versão, com um certo número de informações, isso é outra questão.

    DEx: Como que você… na verdade é o mesmo programa né?!

    Fonte: É que é assim: dentro desse sistema (trecho inaudível), tá!? Não foi desenvolvido na realidade com a intenção de ser usado pra isso. Isso eu sei pelos projetistas, eu conheci todos eles, os desenvolvedores tudo. Mas, enfim acabava usando. Como era um sistema que literalmente quase tudo você entra na mão, eles acharam essa facilidade de usar pra burlar essas questões. Porque o MyWebDay ele fazia, por exemplo, os cálculos com dados e outras coisas, em cima daquilo que você informava pra ele. Justamente, só que tem uma telinha diferente do excel só pra você digitar os campos. Então ele funcionava dessa forma, era um disfarce mesmo do excel, e fazia mais algumas coisas, contratos de obra, folha de pagamento, mas era um sistema só. Só que ele era diversificado, às vezes tinha uma obra tinha uma versão porque acessava uma determinada base. Tinha escritório que tinha uma versão que acessava outra base.

    DEx: Não era um sistema integrado, não era uma coisa só, perfeito.

    Fonte: Atualmente não. Teria como você usar esse sistema para acessar várias bases, mas não é que ele era totalmente integrado, cê entendeu?! Tinha um comando dentro dele você abria uma telinha e você selecionava a base que você queria acessar.

    DEx: Entendi, é por isso que você tá falando: “quando eles acessaram isso”… eles pegaram…

    Fonte: Pegaram uma determinada informações.

    DEx: Então, eu tava pensando com se fosse uma “cebola” mas seria como se fosse intercessões. Assim, salve engano o pessoal que trabalha no Brasil com o que eles receberam da Justiça suíça, aqui da Suíça.

    Fonte: Justamente.

    DEx: Então, assim… eles pegaram o que é acessível aqui da Suíça e eles tem esse MyWebDay que você diz que não era possível acessar remotamente daqui.

    Fonte: Justamente. Foi um desses sistemas, quer dizer, foi esse sistema que eu te falei que quando a Polícia Federal corria aqui no escritório, eles desviaram através dessa função que eu te falei, pra um determinado servidor e buscavam as informações pra eles, cê entendeu?! Então, assim… a Polícia Federal, acho que até hoje… ou não quis ver, porque é um negócio óbvio. Você pegar mesmo um analista de sistema pra debulhar o sistema vai encontrar isso, esse mecanismo, sabe?! Aí entra aquela questão que eu falei dos outros dois: será que não viram? Você entendeu? Porque se pegassem a informação do servido que tá muito desatualizado passava pra eles. Então através dessa artimanha aí eles fizeram esse desvio.

    *

    Parte 2 – A farsa da vitimização da Odebrecht diante de um suposto “achaque” dos políticos/cultura corporativa de corrupção/ocultação de provas/testemunhas/descentralização dos centros de custo/omissão da Brasken.

    Fonte: Eles sempre pregaram uma postura, não é só eu que tô assim com essa sensação que eu vou te falar. Eles sempre pregaram uma postura pra gente lá dentro, que eles não estavam errados, que eles foram forçados, pra salvar a imagem da empresa…

    DEx: Sim, como se ela fosse achacada pelos políticos e tal.

    Fonte: Isso, e vieram pregando isso pra gente, pregando, pregando, pregando. Aí que de repente, você ver algumas coisas acontecer dentro da empresa e você começa a questionar. Oh gente, mas, vocês falaram isso, que devia tomar essa postura, mas tá acontecendo isso ainda, tal, tal, tal… aí de repente: “oh! Você vai embora”. Então assim, muita gente se revoltou, é… a minha indignação.. é que é assim, eu vou ser bem sincero pra você, eu me sinto um lixo cara, de trabalhar ali dentro. E ver tanta coisa errada e no final, e tudo aquilo que eles pregaram, aquela lavagem cerebral que eles fazem nos funcionários que estão lá dentro, continuam fazendo. Enfim cara, você ver que é tudo mentira, é tudo mentira. É tudo uma maneira, uma estrutura que eles montaram de fazer isso na cabeça das pessoas que tão lá dentro já pra evitar delas, quando elas saírem, não falarem muita coisa. Cê entendeu?! E isso pra algumas pessoas que começaram a enxergar… eu infelizmente enxerguei tarde isso. Antes de ser mandado embora eu já tinha enxergado isso… tô lá há um ano nessa situação, aguentando e me sentindo mal, de certa forma… eu falei pros outros dois, eu falei assim: olha, apesar de tá chateado, só tem uma coisa que aconteceu… (trecho inaudível) antipatia por todos lá…

    DEx: Pelos políticos em geral.

    Fonte: Em geral, ele não… na realidade é assim, ele é um cara… eu falei pra eles: vocês não fazem ideia de como é essa pessoa. Ele é muito prepotente, muito antipático, ele é um muito… o Marcelo é muito cheio de si… e ele não gostava de tá meio acuado com as pessoas ou sentir que chegassem nele e exigeissem as coisas (trecho inaudível) ele gostava dele mandar, dele dá a ordem de (inaudível)… e nisso gerava uma revolta muito grande com ele. O pai dele eu sei que sempre pedia paciência pra ele. Tanto que ele não conversa com mais ninguém da família dele a não ser a esposa e os filhos, tava brigado com todo mundo.

    DEx: Até por isso, a gente vê uma imprensa faz uns dias, com a expectativa na Odebrecht e na saída dele. Eles tão temerosos, o quê que você acha disso, qual a sua avaliação?

    Fonte: Eu acho que é encenação! Encenação, encenação, tá?! Porque não vai acontecer o que todo mundo fala: “ah! o Marcelo não manda mais na empresa”. Ele pode ficar na casa dele, mas ele vai continuar usando os testas-de-ferro pra dá ordem dentro da empresa.

    DEx: (inaudível) hoje em dia (Marcelo Odebrecht) não manda mais?

    Fonte: Não. Até a algum tempo preso ele tava mandando, tá. Até o momento que o pai dele, o pai dele que é o Emílio se afastou. Até aquele momento ele ainda mandava. Aí o que o pai dele fez: o pai dele se afastou já pra impedir dele continuar dando ordem lá dentro, entendeu?! Porque a divergência dele com o pai dele foi justamente isso, o pai dele queria que ele se afastasse totalmente, deixasse as coisas andarem naturalmente, e principalmente, foi o que ele fez, falar demais. Que foi o que ele fez falar de coisas internacional e o pai dele e o jurídico que pegou o caso na época não estavam de acordo com isso.

    DEx: Você diz nos depoimentos dele, né?!

    Fonte: Isso nos depoimentos.

    DEx: Na verdade as pessoas queriam que ele ficasse restrito as questões do Brasil.

    Fonte: Justamente.

    DEx: Na questão do Brasil você acha que ele falou tudo ou não?!

    Fonte: Cara eu acho que ele ainda detém muita informação, viu?! Assim, pelos números que eu vi, pelas coisas no sistema, tem muita coisa cara, tem muita coisa. Então assim, ele vai tentar de alguma forma manipular isso daí. É… eu sei que tem um auditor brasileiro lá dentro, independente e um americano. Por exigência da leniência tá?! E todas as informações que tão indo pra essas pessoas, também são… passa pelo crivo dos cara da TI, dos cabeças, que tão recebendo ordem e aí eles dão um jeitinho e entregam para os auditores.

    DEx: Esses auditores não tem a expertise em informática, de serem bem… é o quê… são advogados? É o quê?

    Fonte: Até onde eu sei eles são mais nível jurídico mesmo. Então assim, a expertise pra entender, pra pegar eu acho que não, na área de TI não. Eu acho que falta uma pessoa, sabe, tinha que ter uma pessoa assim lá dentro, que tenha conhecimento da área técnica de sistemas pra poder pegar essas coisas. Tanto, que eles montaram uma sala específica pra esses caras ficarem, meio que estratégico, lá perto da TI, pra eles ficarem de olho nesses caras, cê entendeu?! Tipo assim, o cara gritar alguma coisa… e algumas pessoas que foram mandadas embora, foram manda embora, pessoas de anos de empresa, foram mandados embora justamente pra não ter contato com essas pessoas.

    DEx: Entendi, mas essas pessoas saíram bem, assim com um pacote de…

    Fonte: Saíram. Mas, eu tenho como falar: oh! O servidor tal, o servidor tal, o servidor tal tem informações disso, disso, disso.

    DEx.: Pra eu entender, ? identifica data, valor é… o número da conta e o titular da conta que seria o nome da offshore?

    Fonte: É isso aí.

    DEx: Isso ele identificava também qual o projeto, ou não?

    Fonte: É que é assim, como a base era muito bagunçado nesse sentido, pode ser que eu tenha coisa de vários outros lugares também, você entendeu?!

    DEx. Eu entendi, mas eu digo assim: no geral tinha uma coluna pra lançar sobre que projeto aquilo era, país etc.?

    Fonte: Não, não, tinha obra, contrato.

    DEx.: Era uma coluna que tinha ali pra qualificação, como por exemplo, entendi.

    Fonte: (…) em algumas coisas ele alega, isso o que escutei dentro da empresa, ele alega que pessoas que depuseram lá não tinham capacidade de falar sobre aquilo, porque não estavam envolvidas diretamente com aquilo. Então, ele quer tirar quem está falando, que ele tava querendo tirar essas pessoas, anular esses depoimentos. Ele vai mexer numa questão acho que jurídica tudo, pra ver isso aí.

    DEx: É isso que eu não entendo, eu entendo o que você tá falando, assim, que ele é uma pessoa orgulhosa, obviamente, uma pessoa prepotente, foi criando como um príncipe, evidente, então não está acostumado a de repente a gangorra virar e ele ficar por baixo, é evidente isso. Mas, assim, o quê que ele ganharia fazendo isso?! Porque a questão é… que não é ele que manda no processo, quem manda no processo é o judiciário e o Ministério Público que tão no acordo (…) então, não depende dele. Ele pode falar o que ele quiser, se o Ministério Público não quiser aceitar, não tem como ele forçar, entendeu?

    Fonte: Eu sei, mas o que ele quer… é mostrar assim que ele foi julgado incorreto em alguma coisa pra questão de redução de pena. Que ele não tá aceitando essa condenação, essa condenação domiciliar, ele não tá aceitando isso. Ele… já vem de muito tempo essa discussão, você entendeu?! Então assim ele quer jogar a culpa em outras pessoas, porque vem tudo pra cima dele e ele acha que não deveria ter sido assim. […] eu acho que ele foi muito orgulhoso, ele achou que nunca ninguém ia conseguir pegar informações concretas ou rastrear totalmente a coisa. Então ele demorou muito pra falar, ele demorou muito. E quando ele começou a falar, eu escutei uma vez dentro da empresa que muita coisa que ele falou, o Ministério Público falou: “cara, isso aí que você falou, fulano, beltrano e sicrano já… já passou, de outras empresas, não da própria empresa. Então assim, ele acabou se complicando numa situação… e algumas pessoas da própria empresa, na hora que viram aquela questão de leniência, fazer acordo e ser libertado… assim… eu não vou dizer que aconteceu isso, mas podem ter feito… e jogar toda a culpa em cima dele. Porque é assim, a empresa, vou ser sincero, a mídia às vezes fala assim: não, não é… a empresa é toda centralizada. Não era, a Odebrecht não era centralizada, nunca foi. Realmente, eu vim lá de dentro, o problema que a gente tem de sistema lá é justamente isso. Cada – chamava líder empresarial – cada líder empresarial, que seria o gerente daquele escritório tinha anuência do Marcelo pra tocar o negócio do jeito que quisesse. Então eu acho que na cabeça dele justamente assim: “eu te dou carta branca, você faz o que cê quer. Mas na hora da delação o cara falou: “Quem mandou foi o Marcelo”. Então eu acho que na cabeça dele ele não aceita isso.

    DEx: Mas, assim. Essas pessoas, por exemplo, essas pessoas de cada centro que você tá falando. Essas pessoas elas tinham autonomia pra fazer esse tipo de remessa? Num é centralizado isso?

    Fonte: Não. Isso era descentralizado. Isso é uma coisa que a Polícia Federal não conseguiu… sabe, eles sempre foram na linha de centralização.

    DEx. Não, porque realmente assim, se você pensar do ponto de vista corporativo é meio caótico isso, entendeu?!

    Fonte: (…) é caótico. Assim, cada escritório, vamos dizer assim, cada negócio da empresa…

    DEx: Escritório que você diz é não é nem em nível nacional? (ex: “Brasil”, “Peru”, Panamá”, “Angola”…)

    Fonte: Não, não. Hoje (por exemplo) a “Odebrecht Oil & Gas” no Rio de Janeiro… Então, ela tocava com carta branca do Marcelo. O cabeça lá tocava do jeito que ele queria. Se ele quisesse dá dinheiro pra político, o Marcelo tava cagando e andando. Ele sabia, ele era informado, você entendeu?! Da negociação, do trâmite, qual a pessoa que tinha sido liberado.

    DEx: É, mas aí fica meio complicado pra ele porque teoricamente ele tem ascendência hierárquica. Então se ele fosse contra ele diria não! Então assim, eu entendo que é errado a pessoa a pessoa dizer que foi ele que mandou, mas assim…

    Fonte: Então, é isso que eu quero chegar num ponto pra ver se você consegue entender o pensamento dele. Na cabeça dele ele não aceita aquele cara, por exemplo, o diretor do Rio de Janeiro, ter falado que foi ele que mandou. Porque é assim: eu sabia, mas não fui eu que mandei. Então, na cabeça dele é isso a briga dele. A raiva dele com o próprio pessoal da empresa, a briga é justamente essa. Mas, assim, querendo ou não, analisando puramente, se ele sabia e deu carta branca, ele tarimbou.

    DEx: Não, não adianta. Ele tá envolvido, ele sabia, assim, não só ele era o presidente da empresa, o diretor-presidente, como também ele é da família que é acionista controladora. Então assim, muito difícil ele…

    Fonte: Justamente. É difícil não se envolver…

    DEx: Eu não digo nem se envolver, se eles tem como provar que ele sabia e ele não impediu ou não falou nada, é evidente que… pelo menos para quem olha. Pode ser até que ele esteja certo. Pode ser que o que ele esteja dizendo esteja certo, mas assim, a dúvida é grande demais pra você dizer que não. Então assim, o cara com a ascendência hierárquica, o cara era informado, dizer que… é muito fácil pra quem tá embaixo dizer: “Não, foi ele quem mandou”, tanto é que eu já fiz isso, tá. Então é muito, mesmo que ele esteja falando a verdade, é muito difícil pra ele provar.

    Fonte: O negócio é assim, por exemplo, é como eu tô te falando. Você tem um escritório em São Paulo ele entende isso como um “negócio”, você entendeu?! Aí tinha um escritório no Rio de Janeiro, é outro negócio, tinha um escritório no…

    DEx: Sim, mas por exemplo, no Rio de Janeiro o escritório era da Odebrecht, era da Odebrecht Oil & Gas, entendeu? Por exemplo: os escritório do Rio, todas as empresas Odebrecht no Rio era um centro de construções, é nisso que eu tô falando, mesmo com pessoas jurídicas diferentes.

    Fonte: Isso. Quê que acontece, no Rio de Janeiro ele tinha a nomenclatura do MyWebDay. Aí ela puxava pra baixo pra todo mundo daquela região do Rio.

    DEx: E normalmente seria por, por sede, assim, p.e., “a sede do Rio”. Ou tipo, o escritório do Rio, você acha que é um coisa geográfica?

    Fonte: É uma coisa geográfica mesmo, mas… cada vez que ele abriam um escritório por exemplo, uma obra nova, um contrato novo, eles iam lá e implantavam um centro de curso para aquela proposta.

    DEx: Eu já trabalhei em muitos escritório grandes (de advocacia), então eu entendo… essa coisa que você tá falando da Polícia Federal quando chegou lá em São Paulo e acessou, evidentemente tinha projetos, empresa grande é assim, que se cruzam. Então, por exemplo, num grande projeto que era assim, partes em São Paulo, partes no Rio, por isso que você tá falando que a pessoa que acessou em São Paulo, tinham pontos que tangenciavam os outros centros de custos em outros lugares que eles conseguiram puxar. Mas, isso não quer dizer, por exemplo, tudo que tinha no Rio foi puxado de São Paulo, algumas coisas, é isso?

    Fonte: Justamente. É esse o raciocínio, você entendeu?! Assim, foram lá na área de TI pegar CPU, foram até na cidade que o senhor mora, que é em Itatiba. Trouxeram ele duas vezes de viatura, aqui pra São Paulo. Pra ele, tipo assim, aonde tá as suas informações, então ele tinha que apontar. Mas, ele apontava do jeito que lhe era conveniente.

    DEx: Você não tem conhecimento do que eles tem lido em cada centro de custo da Odebrecht no Brasil?

    Fonte: Não.

    DEx: No seu conhecimento eles só foram em Rio e em São Paulo?

    Fonte: No meu conhecimento eles pegaram coisas tipo, do escritório São Paulo, do escritório Bahia e algumas coisas do Panamá. Você entendeu?! Eles não pegaram tudo, tem muita coisa aí no meio. Até uma questão agora que eu falei dos andares eu lembrei: a Braskem. Tem muita coisa envolvendo a Brasken que não foi… não apareceu, cara. No sistema a gente via que tem. Porque a Brasken ela é uma participação mista, né. Uma parte da Petrobrás e outra da Odebrecht. E a Odebrecht tava dentro, ela tá no mesmo prédio do escritório de São Paulo, um andar ou dois andares acima da TI e… cara, tudo manipulado do mesmo jeito. Ah! Mas é outro sistema. Não, mas era tudo, a TI alí, as TI’s se conversavam e faziam as manipulações que tinha que fazer.

    DEx: Pra você ficar monitorando. É… mas, nesse caso, como eles usavam lá aquele banco no exterior, acho que era Antígua e tal. Provavelmente esse banco que fazia essas transferências, que mandavam os extratos bancários pra alguém daqui administrar. Mas, até o Tacla Duran diz que esse próprio sistema do banco também foi manipulado, também foi fraudado, né?!

    Fonte: Sim. Até essa denúncia dele aí eu lembro. Quando ele falou, já vinha batendo muito nisso.

    *

    3 Parte – Ocultação de nomes do PSDB no geral e, em particular, de Alckmin e de Aéco/falas imputações a Lula/PT.

    Fonte: Ouvi muito, muito. O Aécio tá em todas literalmente, é incrível. Sim. O partido dele também tá muito envolvido. É assim cara, eu vou ser sincero pra você no meu modo de pensar, viu?! Eu acho que não tem partido, político santo nenhum! Num tô culpando o Lula de nada não. Mas o que o Lula, pra mim, o que o Lula levou, se ele levou, foi café pequeno perto do que os outros levaram. O Lula pra mim ele tá sendo usado, hoje tá bem claro na minha cabeça assim: olhando todo o cenário, olhando tudo o que eu vivenciei. O Lula hoje pra mim é… é uma caça as bruxas, tão usando ele como bode-expiatório. Precisamos queimar alguém, vai ser ele. Não queremos essa partido, ou esse tipo de política no governo, no poder. Então é ele que a gente vai ter que pegar.

    DEx: Eu vou te ser bem sincero, assim, agente é um programa, se você já assistiu você sabe, a gente tem lado, a gente é engajado e a gente deixa isso muito claro, é até parte da honestidade jornalística. Mas assim, como advogado, como analista tentando ser o mais isento possível, eu te digo assim: é porque hoje em dia no Brasil o Direito não quer dizer nada. Mas assim, (Fonte: é mesma coisa que nada.) é… o que eles fizeram ao longo desses três anos foi passar o maior atestado de honestidade pro Lula possível. Eu juro pra você, eu vou ser sincero: eu não achava… como você falou: político a gente tem aquela, corrupção não, mas aquela confusão ética, entendeu? De aceitar favores… assim, eu achava que haveria mais coisa do Lula, que não necessariamente seria de corrupção, mas assim, ou o Lula é um gênio, além de gênio político, seria um gênio do crime e conseguiu fazer estruturas que ninguém consegue ver, assim maravilhosas. Ou, também, os caras são muito incompetentes, não conseguem achar nada, entendeu? Porque só confiam na pessoa chegar lá nessa delação e entregar tudo.

    Fonte: É, eu acho até que demoraram mesmo pra acordar, porque se você parar pra ver o cenário, eles nunca… a intenção deles era mesmo acabar com esse time. Pegar aqui e nós vamos acabar com o time do Lula inteiro.

    DEx: Um por vez, é, exatamente. Um por vez!

    *

    Parte 4 – Confirmação do que disse Tacla Duran.

    DEx.: Pelo o que você ouvia dentro você acha… que as informações tendem a ser verdadeiras?

    Fonte: Sim! Eu não duvido não. Eu tenho certeza de que o que ele soltou, seja fato. Pelas informações que já passaram em minha lista na área de TI. É que nem eu falei, eu trabalhei em projeto então eu tinha acesso a todas as informações do servidor. Mesmo para o que precisasse ele era referência pra questão jurídica, alguma coisa, tanto a UTC quando a Odebrecht já consultava ele bem antes.

    DEx: Então na verdade, essa história que o pessoal de Curitiba fica tentando dizer que ele operava na verdade como doleiro, não é verdade. Opera fazendo mesmo fazendo estruturas jurídicas pra esses negócios, né?

    Fonte: Então, assim… segundo as informações que chegavam pra mim dentro da empresa, do que eu ouvia falar, é que ele era o cara que estruturava parte jurídicas dessas coisas, entendeu?! Fazia viabilizar. Mas, assim… que ele era o cara que fazia… como doleiro, com alguma coisa, não eu nunca ouvi falar isso não. Isso eu posso até te afirmar porque eu ouvi de gente da diretoria comentando: “Não, ele… qualquer coisa da questão jurídica a gente já joga na mão dele e viabiliza pra gente”.

    *

    Parte 5 – Alerta: destruição definitiva das provas com a migração da Oracle para a SAP.

    Fonte: O motivo, a empresa tá saindo agora dos ambientes da Oracle, dos bancos de dados da Oracle e indo pro sistema da SAP. Até um negócio que eu esqueci de falar e agora eu lembrei também, que é isso aí. É… porque a motivação deles, eles falam que a Oracle não tá dando suporte, que o custo tá alto. Na realidade a situação não é essa, a motivação é que eles querem trocar de sistema pra eliminar de vez as coisas que estão no outro ambiente, você entendeu?!

    DEx: Obviamente as coisas foram apagadas. Você tá falando que é assim, como era …

    Fonte: Não, eles não conseguiram apagar, cara. Eles não conseguiram. Eles tão com medo de acessar essas informações e tem alguém rastreando.

    DEx: Tô entendendo. Mas assim… eu penso assim: que eles trocando de sistema, obviamente ninguém vai destruir os HDs lá da Oracle, então eles acham que o pessoal vai reescrever coisa em cima, não é isso?

    Fonte: Justamente isso aí. E essa troca, esse projeto novo que eles vão… a previsão como eu tava falando em setembro, que eles vão (migrar) é pra junho e julho desse ano. Então o quê que acontece, a ideia dele, eles vão mudar de fornecedor (…) e de tudo, tá?! Pra eles falarem, eu posso justificar o acesso a essas informações, se alguém indagar “por que vocês tão acessando o servidor, tal informação”? – “Ah! Por causa do projeto, a gente tá migrando, aí eles conseguem limpar. O medo deles hoje é alguém chegar: “Opa! Quê que vocês tão acessando em tal país? Quê que vocês querem lá”? Aí não ter uma justificativa plausível pra sabe. Então a troca é…

    DEx: Só repetindo os países que você falou, são… esses da Oracle seria na América Latina?

    Fonte: Isso. Eles tem, na realidade, o datacenter deles, das histórias, ou seja dos HDs que tão armazenados tá no Panamá. Isso sempre foi falado na empresa, que já era uma questão estratégica pra evitar o que aconteceu na Lava Jato. Porque o Panamá parece que tem um acordo diferente pra tratar essas coisas que tão lá, estando no país. Eu não sei como é que tá hoje.

    * * *







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