Enviado por luisnassif, dom, 14/10/2012 - 15:19
Por JB Costa
Comentário ao post "O fim de um ciclo político"
Boa síntese. Certamente que as trajetórias de queda e ascensão dos tucanos e do PT estão umbilicalmente ligadas, mercê de ambos se assentarem em bases ideológicas quase indistintas - a social democracia - pelo menos quando os primeiros ainda não estavam no Poder.
Para sermos mais exatos, os erros do PSDB, à frente FHC, foram de tal monta e abrangendo basicamente todas esferas da vida nacional, que outro não seria o desfecho se não a esquerda moderada assumir o protagonismo. O PT, destaque-se, soube como ninguém aproveitar-se dessa situação através de uma oposição política das mais firmes na história politica do país.
Na economia foi um desastre; na política uma tragédia; e no social incipiente. O erro basilar de Fernando Henrique é o mais comum nos falsos estadistas, que é exatamente a visão curta, a omissão em não construir horizontes. A história está aí para demarcar as diferenças. Diversamente do que pensam muitos, avalio que o Plano Real foi o motor da grande derrocada de Fernando Henrique e de resto de todo o tucanato.
Não, é claro, pelo plano em si, mas pelo que ele gerou de acomodação nos hostes governistas da época. Parecia que após a estabilização tudo o mais que viria seriam apenas detalhes. Era deitar e rolar na onda do tremendo sucesso político. Nesse sentido, foi irmão siamês do cruzado. FHC, agora assomado pelo traço comum da sua personalidade que é a vaidade, só fixou uma meta: a reeleição.
Para piorar, o sociólogo de visão não maior que um coice de bacurim ainda adere de mala e cuia ao hit parade do momento, o chamado(indevidamente) neoliberalismo, que desponta galhardamente nas preconizações do malsinado Consenso de Washington. E assim se inicia uma série ininterrupta de desastres, cujas consequências deletérias, em especial a classe trabalhadora, até hoje não se esquecem.
Entretanto, como se diz no ditado, a natureza não se defende, mas sabe se vingar. Mude-se o termo "natureza" por povo, eleitor, população, que a sentença continua válida. Exceptuando-se alguns bastiões onde majoritariamente se impõe a ala mais conservadora e reacionária do eleitorado, a peia como de esmola desde 2002.
O sinal de declínio foi, e é tão grande, que uma figura reconhecidamente medíocre, desagregadora, autocentrada e mitômana como José Serra passa a ser a grande referência política e eleitoral para o um partido nascido da inspiração de um Mário Covas e de um Franco Montoro.
Convenhamos, é demais. O PT deveria erguer um busto de FHC lá na sua sede em São Bernardo.
Comentário ao post "O fim de um ciclo político"
Boa síntese. Certamente que as trajetórias de queda e ascensão dos tucanos e do PT estão umbilicalmente ligadas, mercê de ambos se assentarem em bases ideológicas quase indistintas - a social democracia - pelo menos quando os primeiros ainda não estavam no Poder.
Para sermos mais exatos, os erros do PSDB, à frente FHC, foram de tal monta e abrangendo basicamente todas esferas da vida nacional, que outro não seria o desfecho se não a esquerda moderada assumir o protagonismo. O PT, destaque-se, soube como ninguém aproveitar-se dessa situação através de uma oposição política das mais firmes na história politica do país.
Na economia foi um desastre; na política uma tragédia; e no social incipiente. O erro basilar de Fernando Henrique é o mais comum nos falsos estadistas, que é exatamente a visão curta, a omissão em não construir horizontes. A história está aí para demarcar as diferenças. Diversamente do que pensam muitos, avalio que o Plano Real foi o motor da grande derrocada de Fernando Henrique e de resto de todo o tucanato.
Não, é claro, pelo plano em si, mas pelo que ele gerou de acomodação nos hostes governistas da época. Parecia que após a estabilização tudo o mais que viria seriam apenas detalhes. Era deitar e rolar na onda do tremendo sucesso político. Nesse sentido, foi irmão siamês do cruzado. FHC, agora assomado pelo traço comum da sua personalidade que é a vaidade, só fixou uma meta: a reeleição.
Para piorar, o sociólogo de visão não maior que um coice de bacurim ainda adere de mala e cuia ao hit parade do momento, o chamado(indevidamente) neoliberalismo, que desponta galhardamente nas preconizações do malsinado Consenso de Washington. E assim se inicia uma série ininterrupta de desastres, cujas consequências deletérias, em especial a classe trabalhadora, até hoje não se esquecem.
Entretanto, como se diz no ditado, a natureza não se defende, mas sabe se vingar. Mude-se o termo "natureza" por povo, eleitor, população, que a sentença continua válida. Exceptuando-se alguns bastiões onde majoritariamente se impõe a ala mais conservadora e reacionária do eleitorado, a peia como de esmola desde 2002.
O sinal de declínio foi, e é tão grande, que uma figura reconhecidamente medíocre, desagregadora, autocentrada e mitômana como José Serra passa a ser a grande referência política e eleitoral para o um partido nascido da inspiração de um Mário Covas e de um Franco Montoro.
Convenhamos, é demais. O PT deveria erguer um busto de FHC lá na sua sede em São Bernardo.
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